quinta-feira, 11 de junho de 2015

Daquilo que fica...

Aprendizado



Acho que finalmente entendi:

Amei a ti por ser mais fácil
Mais fácil do que amar a mim


E agora cada vez mais entendo:

Você não me querer foi o começo
O começo d'eu gostar de mim


Creio que um dia entenderei:

Alguém não me querer não é o fim do mundo
Mas, se nem eu me quero, o mundo termina, enfim

quinta-feira, 26 de março de 2015

1:55 - 2:07

Como elaborar o que tivemos?
Como entender o que há agora? - Se é que há alguma coisa
Eu, pelo menos, já achava que não havia muito
Mas eis que eu não consigo dormir e a porra do seu nome não me sai da cabeça

Não faço ideia, honestamente, de quais meus sentimentos em relação a você
Muito menos - mas essa também não é nova - quais os seus em relação a mim

Sim, eu sei, já escrevi melhor
As palavras talvez rimassem outrora
Metáforas e metonímias, onde estão agora?

Não, eu não sei, já não escrevo há tempos
Estou farto de falar de amor e dor
Clichês de rima fácil e textos sem sabor

Que faço eu agora?
Peito apertado e coração derrotado
Insone e cansado
Refém do que não convém

Eis a metalinguagem: um texto sem forma, nem poema nem prosa e muito menos bem-feito. E, no entanto, aí está: de alguma estranha forma inexorável e insistente o maldito se fez surgir e persiste. Seríamos nós?