domingo, 30 de outubro de 2011

E o que é a verdade...

...senão uma mentira muito bem contada?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Idéia

Talvez viver seja
uma invenção da gente
e na verdade a gente
apenas seja.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Devaneio

Mudo meu mundo mundano
Sem pensar, só pensando
Emudeço com a mudança
Mudo eu era, mudo estou

De mudo um pouco todo mundo tem
Lendo isso, você já se emudeceu também
Muda, tu não sabes, mas mudas agora
Lendo as mudices de um mudo, minha senhora

Mudei mudo, mudo mudarei
Se o mundo muda mudo
Não muda o mundo o mudo?

Eu mudo mudo
Falo sem mudar
Mudo sem falar

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O que é a psicologia?

A Psicologia sou eu, você, ele e ela; é a urgência de entender o outro na esperança de se entender um dia. São mais perguntas que respostas, é tudo e não é nada, é contraditória e paradoxal. Há quem diga se tratar do “estudo da mente”, mas que é essa mente? Ninguém sabe responder que é essa força misteriosa que move a humanidade, e até mesmo se ela existe de fato. A tarefa do psicólogo é, então, mergulhar no desconhecido familiar, na alma que todos temos e não compreendemos, capturar o que está a um palmo de distância mas é fluido como o ar.
A existente e problemática pluralidade das correntes psicológicas nada mais é do que o reflexo de uma tentativa absurda do homem de estudar algo no qual está completamente inserido. O estudo da alma pelo homem é o mesmo que o estudo da água pelos peixes ou do ar pelos passarinhos. É impossível observar com imparcialidade algo ao qual se está tão intrinsecamente relacionado, e, por isso, surgiram e surgem tantas interpretações diversas na Psicologia. É graças a essas circunstâncias que a psicologia é comportamento, forma, energia, amor deslocado e desejo; é o afã romântico do aprendiz e a desilusão fatigante do mestre.
Essa tal de psicologia que eu marquei na inscrição do vestibular é muito complexa, são necessárias milhões de comparações para se ter uma idéia sua e é confusa como esse texto, mas, no fundo, forçando um pouquinho, talvez, ela é mesmo quase poesia.

No último período da faculdade eu pretendo reler esse texto e reescrevê-lo (ou não).

domingo, 5 de junho de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desabafo do desespero

A fugacidade da vida acaba de arrasar meu coração em pequenos pedaços. Todos aqueles sorrisos, tudo que não volta e tudo que ainda vem.. Pra quê? Só pra nos fazer sofrer? Havia muito eu não chorava e agora os olhos cerrados e molhados turvam a vista e de repente não sei mais o que estou fazendo. Todo aquele controle, toda aquela serenidade desfeita como mágica e só resta esse nó que entala qualquer esperança. Gostaria tanto de ter ainda todos aqueles que fizeram algum dia me sentir real nesse mundo. Todos aqueles que são um pouco de mim e que me deram tanto de si. Todos aqueles que estão nesse mesmo barco da vida tateando um apoio no escuro; uma alça, uma parede ou qualquer coisa que ofereça a mínima firmeza. Encontro suporte na alquimia das emoções em palavras mas não há esperança pois, por mais firme que seja, estará sempre preso ao barco que balança à mercê do mar do universo.
Aos poucos a racionalidade se recobra do choque e volto a pensar que foi apenas um momento de saudade extrema. Não sei mais se acabo de voltar a viver ou se morri de novo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Me chama a atenção...

quando algo é virado de cabeça para baixo e passa a fazer mais sentido do que antes...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Não sei...

se é defeito de fabricação, mas estamos todos muito quebrados...

Da essência dos problemas existenciais...

Tomo consciência...

Tomo consciência de que tomei consciência...

Tomo consciência de que tomei consciência da consciência...

Tomo consciência de que tomei consciência da consciência da consciência...

Tomo consciência de que tomei consciência da consciência da consciência da consciência...

Tomo consciência de que tomei consciência da consciência da consciência da consciência da consciência...

Tomo consciência de que tomei consciência da consciência da consciência da consciência da consciência da consciência...

Pronto, fudeu...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Deus que quis assim...

Não sei se nossa ou dele, mas é muita pretensão Deus querer alguma coisa...

domingo, 3 de abril de 2011

A vida...

é acumular saudades...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Existe inversão maior...

do que as causas virarem consequências?

Meu deus, como é louco esse seu mundo...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vazio

Palavras vazias, sem sentido algum. Gostaria que rimassem, cantassem, dançassem, que me fizessem achar que há ainda a beleza. Seria tão bom se a rima bem feita ainda trouxesse sem questionamento algum a felicidade... Mas tudo é tão desconexo. Solto. Sem ligação, sem elo. Tantos pontos... Separam, separam e separam. Continuam por si o raciocínio e te fazem desnecessário. Temos todos os nossos demônios. Cada um com sua cor e seu tamanho. Certas coisas ficam marcadas.
Ah... Esse devaneio. Meu pequeno mundo de palavras, tão coeso em sua insignificância, em sua particularidade. Ultimamente andam tão duras, tão enferrujadas. Saem cuspidas aos tropeços, aos bocados. Pensei em dizer que elas parecem não querer sair, mas não consigo mais suportar os clichês. Não sei o que dizer e na verdade nem sei se tenho alguma coisa pra dizer.

Parece estar entalado na garganta ainda a decidir o que quer ser e se quer sair ou prefere voltar.