terça-feira, 17 de dezembro de 2013

!

Nem hedonismo nem niilismo, o negócio é a vivência das intensidades.

domingo, 6 de outubro de 2013

Madrugada

Ah, se acordar cedo fosse fácil como dormir tarde...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Da tristeza e do desespero...

Há algum tempo que essa história me atormenta de tempos em tempos e acredito ser necessário escrevê-la. Já o deveria ter feito, mas sempre me faltam as palavras. Escreverei agora não por quê as palavras me tenham vindo, mas simplesmente por que elas, acredito eu, nunca o farão.

Era um dia normal, estava dirigindo para a casa da minha namorada na época. Atravessava distraidamente o costumeiro engarrafamento da avenida das américas naquela noite amena como o fiz em tantas outras. Paramos em um dos sinais vermelhos e eu vi à minha esquerda uma das cenas mais chocantes da minha vida. Não sei exatamente o que diferia aquele menino de todos os outros, mas algo o fazia. Ele estava sentado no meio-fio de um dos cruzamentos onde, acredito eu, ele pedia esmolas. Ele chorava. Sua testa suada apertada contra os joelhos ossudos na posição fetal mais deprimente que já vi. Suas costas arqueavam com os soluços intermitentes enquanto os carros passavam do seu lado ignorando seu sofrimento. Devia ter no máximo dez anos e estava, ao que me pareceu, sozinho.
Até aí tudo bem. Não me leve a mal, mas só isso não é o suficiente para marcar uma impressão tão profunda. A questão foi que eu parei pra pensar. Nos quinze segundos que devo ter passado observando o menino me ocorreu que talvez a mãe daquele menino tivesse acabado de morrer. Ou seu melhor amigo. Ou seu cachorro, sei lá. Porra, talvez o cachorro fosse seu melhor amigo. Ou talvez ele só tivesse olhado pra si e pro mundo e sentido o peso da nossa sociedade. Por algum motivo aquele menino me pareceu a figura mais solitária do universo. Ele não tinha absolutamente ninguém. Ninguém, eu disse. Não havia quem ouvisse seu choro nem que fosse para se irritar com ele e mandá-lo calar a boca. Era ninguém e não tinha ninguém. Nada.
Olhei pra mim mesmo, sentado no meu carro com a minha namorada sentada ao meu lado. Olhei pra ela e olhei pra todos os carros e todo mundo que vivia sua vida normal. A tristeza mais estranha se abateu sobre mim e me desesperei pelo menino. Queria fazer algo por ele. Acho que no fundo queria pedir desculpas, não sei. Peguei então o primeiro retorno e fui até a casa do alemão comprar um sanduíche e alguns salgados para dar de presente para ele. Devo ter demorado uns vinte minutos para voltar ao cruzamento onde o tinha avistado mas ele não estava mais lá. Procurei em outros cruzamentos e sinais mas não consegui encontrá-lo. Terminei na casa da minha ex com o sanduíche na mão e o coração pesado na outra. Me sentia culpado pelo sofrimento do menino. Sei lá, com certeza sou culpado também. Já derramei algumas lágrimas tímidas, não sei se pelo menino em si ou pelo que ele representa. De qualquer forma esse texto não muda nada. Não faz mais do que aliviar o peso na minha alma. Egoísta, patético, ignorante. Não somos todos?

Eu poderia ter enfeitado esse texto com metáforas e palavras rebuscadas ao invés de tê-lo escrito em dez minutos. Acredito, no entanto, que o menino visceral merecia também um texto visceral. Mais do que visceral, na verdade, eu diria honesto. O máximo que posso oferecê-lo é essa parcela ínfima de honestidade.

domingo, 15 de setembro de 2013

Interminado(?)

Sombra do ar
Eco do inaudível
Saudade do lar
É indescritível

sábado, 7 de setembro de 2013

Quem tá vivo corre o risco...

Ela pede tempo
Pergunto por quê
Que fazer do desalento,
Esperando por você?

Ela pede tempo
Pergunto por quê
Que fazer dessa vontade,
De ter por aqui você?

Ela pede tempo
Não sei pra quê
O tempo não dá respostas
Somente oportunidades

sábado, 31 de agosto de 2013

Súbito

Gostaria de escrever um poema
Que tão lindo abalasse sua certeza
Movesse assim o chão sob seus pés
Ante tamanha perfeição e beleza

Oferecê-lo talhado em marfim
Talvez numa travessa de ouro puro
Oh, seria uma chiqueza sem fim
De deixar pobre em grandíssimo apuro

Há, contudo, tão somente um problema
Precisaria o mais lindo poema
Algo igualmente lindo como tema

Eu poderia descrever no entanto
Esmeraldas por janelas da alma
E esse sor(riso) de derreter o coração

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Revele-se...

...Curinga!

Mostra sua face,
ante imperscrutável enigma
não deixa que passe
sem se quebrar o paradigma!

Revela o segredo,
Rasga a neblina,
Finda o medo
E também esta sina

Guia a grande mudança
Revelando o que está oculto
(E na verdade já tão óbvio)

Vamos lá, abra os olhos
Revela o evidente, tão óbvio
(E na verdade ainda oculto)


Por favor, só não espere 52 anos

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Agir...

...sob ou sobre o impulso? Eis uma questão.