sábado, 5 de junho de 2010

Da névoa...

Cá estava eu atrás de algo sobre o que escrever mas as idéias parecem se esconder em meio à névoa... A névoa que está por trás de tudo e esconde tudo atrás de si. Ah, essa névoa platônica que torna a "realidade" tão fugidia, tão imaterial... A realidade se esfrega na nossa cara, arranha os olhos, faz sangrar. Que pena estarmos tão anestesiados... A gente sangra, sangra, sangra e não sente nada e quando se dá conta já está cego. Cego, surdo, mudo e imóvel; estático. A gente então continua caminhando, vê que foi besteira, que cego que nada, olha como é real esta flor! Este beijo, este amor! Olha o canto dos passarinhos, a brisa do mar, o calor do sol, como alguém tem coragem de dizer que não é real?
Estamos todos cegos... Tateemos então. Imensos, imponentes, abaixemos e tateemos.
Cuidado para não tropeçar...

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